sábado, 26 de janeiro de 2013

Feuerbach - biografia

Ludwig Andreas Feuerbach (Landshut, 28 de julho de 1804 — Rechemberg, Nuremberg, 13 de setembro de 1872) foi um filósofo alemão.
Feuerbach é reconhecido pela teologia humanista e pela influência que o seu pensamento exerce sobre Karl Marx. Abandona os estudos de Teologia para tornar-se aluno do filósofo Hegel, durante dois anos, em Berlim. Em 1828, passa a estudar ciências naturais em Erlangen e dois anos depois publica anonimamente o primeiro livro, “Pensamentos sobre Morte e Imortalidade”. Nesse trabalho ataca a ideia da imortalidade, sustentando que, após a morte, as qualidades humanas são absorvidas pela natureza. Escreve “Abelardo e Heloísa” (1834), “Piere Bayle” (1838) e “Sobre Filosofia e Cristianismo” (1839). Na primeira parte desta última obra, que influencia Marx, discute a "essência verdadeira ou antropológica da religião". Na segunda parte analisa a "essência falsa ou teológica". De acordo com esta filosofia, a religião é uma forma de alienação que projeta os conceitos do ideal humano em um ser supremo. Ao atacar religiosos ortodoxos entre 1848 e 1849, anos de turbulência política, é considerado um herói por muitos revolucionários. Morre em Rechenberg, na Alemanha. O seu posicionamento filosófico é uma transição entre o Idealismo Alemão, de uma parte e, de outra, o materialismo histórico de Marx e o materialismo cientificista da segunda metade do século XIX. Este posicionamento é caracterizado pela inflexão antropológica que Feuerbach imprime a algumas categorias herdadas de Hegel. Suas principais obras são: Da razão, una, universal, infinita (1828); Pensamentos sobre morte e imortalidade (1830); Sobre a crítica da filosofia positiva (1838); Crítica da filosofia hegeliana (1839); A essência do cristianismo (1841); Sobre a apreciação do escrito “A essência do cristianismo” (1842); Princípios da filosofia do futuro (1843); Teses provisórias para a reforma da filosofia (1843); Lutero como árbitro entre Strauss e Feuerbach (1843); A essência da religião (1846); Fragmentos para a caracterização de meu Curriculum vitae (1846); Preleções sobre a essência da religião (1851) e Teogonia (1857).
Para Feuerbach, a alienação religiosa segue-se dentro de uma teoria teológica buscando a razão e a essência do homem no mundo, mas o homem é essencialmente antropológico na característica humana, pois adquire sentimentos e sensibilidade. É desta forma que Feuerbach observa a alienação decorrente em cada indivíduo que busca uma relação substancial entre Homem e Deus.
O que proporcionou esse pensamento de Feuerbach foi a influência da teoria de Hegel e, mais tarde, a teoria de Marx. Posteriormente, nessas duas linhas de pensamento, uma teórica, a outra prática, Feuerbach busca a formula do Homem vs. Deus vs. Religião.
Portanto, intermediar essas teorias não foi fácil para Feuerbach, pois a Alemanha passava por uma forte mudança cultural; daí a forte crítica ao seu pensamento. Dentro desse contexto histórico, observa-se a teoria de Feuerbach voltada para a “teoria”, e a teoria de Marx, onde a lógica é a prática. Porém não é a teoria que busca a essência do homem, mas é na prática que os indivíduos se relacionam, afirma Marx mais tarde, com sua crítica a Feuerbach.
Faleceu em 13 de setembro de 1872. Encontra-se sepultado em Johannisfriedhof, Nuremberg, Baviera, na Alemanha.


(Fonte: Wikipedia)

A Essência do Cristianismo - download








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http://pt.scribd.com/doc/34229777/Ludwig-Feuerbach-A-essencia-do-cristianismo

Reunião 24/01

Sexta-feira, 24/01, tivemos mais uma reunião do grupo de estudos Ludwig Feuerbach, de 16h às 17:30min, na sala 3 do curso de Filosofia da Universidade Federal do Ceará. Estiveram presentes: José Djanir Nogueira Barbosa, Vera do Nascimento Alves, Marcos Paulo Souza Caetano, Haylon B. Araújo, Antonio Célio Leite de Oliveira Filho, Camilla Muniz e Amadeu José Furtado.
No encontro, abordamos os parágrafos 8 a 13 do capítulo 5° d'A Essência do Cristianismo, que tem como tema "O Mistério da Encarnação ou Deus como Entidade do Coração". Neste capítulo, Feuerbach explora a consciência do amor através da qual o homem se concilia com a sua essência, Deus como um coração sensível a tudo que é humano, o sentimento religioso que projeta tudo em Deus, exceto o que Ele próprio repudia. Neste ponto foi destacada a dualidade da essência humana, que necessitou separar de Deus tudo que é mau e projetar em um outro ser, um opositor que ama a si mesmo (jamais ao homem) e, segundo alguns, causa destruição. Mas se Deus é onisciente, foi Ele quem criou o mal? Ou pelo livre-arbítrio Ele permite que o mal exista e o homem possa optar por um dos caminhos? Para Feuerbach, o Deus dos fanáticos, que é desprovido do amor e só opera pela lei, é "um ser demoníaco, cuja personalidade distinguível e realmente distinta do amor se diverte com o sangue dos hereges e descrentes". (cap. 4, §. 7)

No próximo encontro, dia 1° de fevereiro, iniciaremos o capítulo 6°, "O Mistério do Deus Sofredor".